sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Histórias da minha terra


Rosas no meio do laranjal Posted by Hello

Lá na minha terra, quais irredutíveis gauleses, ainda são de outra côr os de Arcos e ao lado os de Mogofores. Um pouco a sul os de Vila Nova de Monsarros. Longe vão os tempos em que, pela calada da noite, vinha uma carrinha para levar para local desconhecido os que tinham a coragem de ouvir a BBC.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Obrigado a todos!

Como diria uma menina que eu cá sei, agradecendo os aplausos do público após a sua exibição ao microfone. Foram de facto excelentes, que alívio, deste já nos livrámos! Agora o senhor que se segue, nada de desculpas!

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

A Avó perdeu a cabeça!

Vai organizar uma festa (de pijama?) no domingo à noite, a partir das 20 horas (em frente à televisão?). Estava já a preparar-se para fazer uns rojões e ia pôr uma garrafa de espumante no frigorífico. Peço a todos, por favor, que não a desiludam e promovam as condições necessárias a uma comemoração retumbante!...

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

O País está a crescer

Parece que tal crescimento está mesmo a provocar já algum afastamento entre as casas...

A coisa aqui tá preta

"Meu Caro Amigo" Chico Buarque

Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Milagre?

Afinal poderemos estar perante mais um subcapítulo do eterno clausulado (não enclausurado) do Segredo de Fátima (a cujo enredo sempre preferi o do Milagre Segundo Salomé, de José Rodrigues Miguéis).
Tal quarta(?) parte diria qualquer coisa como: "No dia em que a última vidente se juntar a nós, o comunismo português perderá a voz..."
Então e não é que já aconteceu!... Por outro lado o PP, que tinha ido ao funeral, ali estava fresco como uma alface!

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

O "Brilhantinas"

Aparenta sempre que não tem paciência para nos aturar, que não tem vida para isto, sempre que pode mete férias, principalmente no Carnaval, ou 'parte de doente' da hérnia, ou 'licença de nojo' da pastorinha. Para as engatar promete ministérios e sabe-se lá mais o quê. Séculos à espera do 'Desejado' e calha-nos um 'Indesejado'. Ele de facto não existe, foi inventado pelo meu amigo Andrade.

sábado, fevereiro 12, 2005

Outras confusões antigas

Procurando um espaço para estacionar pode suscitar dúvidas em pequenas mentes em formação? Não será uma espaço para espacionar? É que se é para estacionar tem que se procurar um estaço!...
Nesses tempos, nenhuma dessas infelizes crianças, em momento adequado, resistiu a outra dúvida sacramental: "Vai lá dentro à sala ver se eu lá estou!". A curiosidade trazia de volta a inevitável resposta: "Não estás!..."

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O suspeito do costume

Sou viciada em trocadilhos e a culpa, tal como no infame caso das orelhas desniveladas, é do meu pai.

Uma pessoa - não é - chega à sala ou assim, pergunta: “Já começou o Dallas?” e respondem-lhe: “Não, ainda estão a tirá-las.”. Ora, isto desde tenra idade é coisa para afectar a evolução da morfologia neurológica de um indivíduo, para além de já existir certamente uma predisposição genética.

Assim, ao fim de uns largos anos, as palavras tornam-se motivo de grande desconfiança. Quando o Herman disse “a língua portuguesa é muito traiçoeira”, nós lá em casa já o sabíamos há muito tempo. Então, sub-repticiamente, o hábito entranha-se e caímos também no vício dos trocadilhos. Damos por nós a atazanar os irmãos mais novos:

Eu – Chamaste o elevador?
Ele – Sim.
Eu – Deves ter chamado baixinho, não ouvi nada...
Ele - ...? Ó, já pareces o pai!

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Confusões recentes

Dizia-me ela às quatro e meia da manhã:
"Pai, a febre está torta..."
"O quê?!..."
"Está torta..."
Pensava eu: estará a delirar?
Não, era o termómetro que não estava bem no sítio...

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Terceiro mundo


Incubadora Fevereiro 2005 Posted by Hello

Lê-se mal, mas, por cima do atrelado, lá está: 'INCUBADORA'. No carro jaz o 'BÉBÉ SANTA ANA'. São os episódios hiper-realistas da nossa história possível, endogeneizados pelo povo quase transfronteiriço de Cabanas.
Nos altifalantes a música era a condizer:
'Mamã eu quero, mamã eu quero,
Mamã eu quero mamar.
Dá a chupeta, dá a chupeta,
Dá a chupeta, pró bébé não chorar.'